ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA
LEGISLATURA, EM 07-11-2012.
Aos sete dias do mês de
novembro do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr.
Raul Torelly, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João
Antonio Dib, José Freitas, Luciano Marcantônio, Newton Braga Rosa, Pedro Ruas e
Tarciso Flecha Negra. Constatada
a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Thiago Duarte,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Kevin Krieger, Luiz Braz,
Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro,
Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Toni Proença e Waldir
Canal. À MESA, foi
encaminhado o Projeto de Lei do Legislativo nº 172/12 (Processo nº 2281/12), de
autoria do vereador João Carlos Nedel. Também, foi apregoado o Memorando nº
022/12, de autoria do vereador Sebastião Melo, deferido pelo senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, hoje e
amanhã, em visita à Secretaria Municipal de Urbanismo do Rio de Janeiro – RJ.
Ainda, foram apregoadas as Emendas nos 06 e 07, de autoria do
vereador Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada do PSD, ao Projeto de
Resolução nº 011/12 (Processo nº 0716/12). Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº
2597/12, do senhor Cristiano Viégas Centeno, Coordenador da Filial GIDUR/PO –
Caixa Econômica Federal. Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da
Octogésima Nona, Nonagésima, Nonagésima Primeira, Nonagésima Segunda,
Nonagésima Terceira, Nonagésima Quarta, Nonagésima Quinta, Nonagésima Sexta,
Nonagésima Sétima, Nonagésima Oitava, Nonagésima Nona e Centésima Sessões Ordinárias,
da Décima Oitava, Décima Nona, Vigésima e Vigésima Primeira Sessões
Extraordinárias e da Trigésima, Trigésima Primeira, Trigésima Segunda,
Trigésima Terceira, Trigésima Quarta, Trigésima Quinta, Trigésima Sexta,
Trigésima Sétima, Trigésima Oitava, Trigésima Nona, Quadragésima, Quadragésima
Primeira, Quadragésima Segunda, Quadragésima Terceira e Quadragésima Quarta
Sessões Solenes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Pedro Ruas.
Às quatorze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 078/12
(Processo nº 2407/12). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo nº 025/12 (Processo nº 1031/12), após ser discutido pelo vereador
Kevin Krieger. Em Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
055/12 (Processo nº 0650/12). Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi
apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 106/12 (Processo nº 1382/12), o
qual obteve dezenove votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato,
Alceu Brasinha, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro
Comassetto, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, José Freitas, Kevin Krieger,
Luciano Marcantônio, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Newton
Braga Rosa, Paulinho Rubem Berta, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir
Canal, tendo o senhor Presidente declarado nula essa votação. Às quatorze horas
e trinta e dois minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Alceu Brasinha, Tarciso
Flecha Negra e Carlos Todeschini. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em
1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 019/12, os Projetos
de Lei do Legislativo nos 082, 100/12, este discutido pelo vereador
Alceu Brasinha, e 163/12, este discutido pelo vereador Newton Braga Rosa e pela
vereadora Sofia Cavedon; em 2ª sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 042/12.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Sofia Cavedon e o vereador
Kevin Krieger. Durante a Sessão, os vereadores Alceu Brasinha e Beto Moesch
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às quinze horas e dezessete
minutos, senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores
vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Haroldo de Souza e José Freitas e secretariados pelo vereador Carlos
Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO RUAS: Ver. Haroldo de
Souza, presidindo os trabalhos no dia de hoje; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, público que nos honra com sua presença, dirigentes da Associação de
Servidores do Grupo Hospital Conceição, Arlindo, Valmor, Claudete, há algumas
semanas, fizemos denúncias muito sérias aqui sobre irregularidades no Grupo
Hospitalar Conceição. Naquelas denúncias, colocávamos o aumento brutal de
infecção hospitalar como um dos temas da maior relevância. Quando provocada
pela bactéria KPC, o índice de mortalidade chegava a 50%.
Esses dados foram
contestados, mas agora, numa manobra da direção do mesmo grupo, localizada
no Hospital Cristo Redentor, a direção do GHC e do Cristo Redentor reconhecem
expressamente que há emergência, sim, no GHC, por aumento brutal da infecção
hospitalar e reconhecem que a KPC leva a um índice de mortalidade de cerca de
50%.
E mais: reconhecem isso para cometer uma
ilegalidade - mais uma irregularidade, Presidente Haroldo de Souza: fazem isso
para justificar a contratação, sem licitação, de 37 vigilantes, o que não é um
serviço essencial e que não é um tipo de atividade que combata a infecção e,
portanto, não tem nada a ver com a justificativa que fazem para o Hospital
Cristo Redentor. Pior: há estudos demonstrando que a contratação dos
concursados, dos aprovados, sairia mais barata do que os valores gastos para a
contratação terceirizada, repito, sem licitação. Eu tenho todos os dados, todos
os levantamentos, os quais nos mostram a manutenção do absurdo: em vez de
combater a infecção hospitalar como nós denunciávamos que teria que ser feito,
com a exigência de que as empresas contratadas – a primeira foi a Clinsul e
depois a Plansul – realizassem um trabalho de limpeza adequado e correto,
utilizam a justificativa da emergência, da urgência absoluta para contratar
vigilantes sem licitação, sendo que há uma lista, Ver. Mauro Pinheiro, de
pessoas aprovadas em concurso para essa função. E sabendo que os vigilantes não
resolverão o problema da infecção hospitalar, e mais, os vigilantes atuarão no
Bloco I, que, desde de 2010, está em reforma de construção; portanto, não há
emergência nenhuma no Bloco I!
Então, Vereadores e Vereadoras, população de Porto
Alegre, é uma situação muito grave, mais uma que se soma a um conjunto de
outras, demonstrando um descaso absoluto pelas condições sanitárias em que
ficam os pacientes, familiares de pacientes, funcionários e servidores do Grupo
GHC. E agora utilizam o fato dramático e doloroso da infecção, que não tem
controle, para fazerem mais uma contratação de milhares de reais por mês sem
licitação, quer dizer, nós estamos no momento do abuso absoluto! Repito o que
eu disse sobre este tema da última vez desta tribuna: por mais que o Grupo GHC
seja gerido e regido por normas federais, as suas sedes estão aqui em Porto
Alegre. É obrigação nossa, é atribuição nossa essa fiscalização e, no caso
específico dessa barbaridade, esta denúncia. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza – às 14h25min): Havendo quórum, passamos à
Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico:
Atas da 89ª à 100ª Sessão Ordinária, da 30ª à 44ª Sessão Solene e da 18ª à 21ª
Sessão Extraordinária. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADAS.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 078/12 – (Proc. nº 2407/12 – Mesa Diretora) – requer a
realização de Sessão Solene, no dia 20 de novembro, às 19h, destinada a
assinalar o transcurso da Semana da Consciência Negra.
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Em votação o Requerimento nº 078/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1031/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 025/12, que declara de
utilidade pública o Centro Esportivo, Cultural e Assistencial da Vila do
Campinho (CECAVIC).
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. José Freitas: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 01-10-12.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em votação o PLE nº 025/12. (Pausa.) O Ver. Kevin
Krieger está com a palavra para discutir o PLE nº 025/12.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa-tarde, Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Srs. Vereadores,
público presente, eu quero, Ver. Cecchim, referendar o trabalho da Associação
da Vila do Campinho; conheço muito bem o trabalho que eles desempenham na
região da Cruzeiro, fazendo todo um serviço de atendimento socioeducativo
naquela comunidade. Então, faço questão de vir a esta tribuna, Ver. José
Freitas, grande parceiro na luta pela garantia dos direitos das crianças e dos
adolescentes. Essa é uma entidade que temos que referendar, como tantas outras
que temos na cidade de Porto Alegre. Temos que votar a favor do instrumento de
utilidade pública para essa entidade que faz um trabalho maravilhoso com
crianças e adolescentes na Vila do Campinho e que faz um trabalho de prevenção
à violência, que é o que realmente o Município tem que fazer em relação à
Segurança pública. É o que o Município de Porto Alegre vem fazendo através da
Educação, da Assistência e do Esporte, um trabalho no atendimento das crianças
e adolescentes.
Então, eu voto favoravelmente e espero que todos
Vereadores também tenham essa compreensão do trabalho que essa comunidade faz e
que os nossos amigos Bira e a Patrícia desempenham lá na Cruzeiro, através da
Vila do Campinho.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Não há mais quem queira discutir. Em votação o PLE
nº 025/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0650/12 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 055/12, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que cria, nos parques e nas praças do
Município de Porto Alegre, os Slackpoints, equipamentos públicos
destinados à prática de slackline.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 22-10-12;
- encaminhou a matéria o
Vereador J. A. Dib, em 24-10-12;
- adiada a votação por uma
Sessão, em 24-10-12.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em votação o PLL nº
055/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO, com a abstenção
do Ver. João Antonio Dib.
O Ver. João Antonio Dib me manda um mimo muito
bonito. Obrigado, eterno Vereador desta Casa. Ele presenteia não o Presidente
da Casa, mas o seu amigo, com o
símbolo da PAZ, e é o que nós realmente precisamos acima de qualquer coisa,
muita paz nos corações, não é, meu irmão de fé, grande João Antonio Dib? Muito
obrigado.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1382/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/12, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que
concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Francisco
Marshall.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 29-10-12.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Em discussão o PLL nº 106/12. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 106/12. Solicito a abertura do
painel eletrônico, destacando que precisamos, para aprovação de Título de
Cidadão Emérito, de 24 Vereadores presentes.
Solicito aos Vereadores que se encontram em seus
gabinetes, que compareçam ao Plenário.
Vereador Alceu Brasinha, é Questão de Ordem que V.
Exa. solicita?
O SR. ALCEU
BRASINHA (Requerimento): Vereador Haroldo, como o autor do PLL nº 106/12 não
se encontra no Plenário, eu solicito que esse Projeto seja retirado da
priorização.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza – às14h32min): (Após a apuração nominal.) Não
temos quórum para votação.
Está encerrada a Ordem do Dia.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro, venho mais uma vez dizer que o
estudo que foi feito na freeway aumentando a velocidade de 100 para 110
quilômetros por hora, ocasionou menos acidentes. Agora estão estudando passar
para 120 quilômetros por hora, na freeway. Ver. Pedro Ruas, esse estudo da
Concepa comprova, realmente, que baixou o número de acidentes.
Mas só quero voltar um pouco para dizer que daqui a
alguns dias vou provar para todos o quanto as pessoas são hipócritas, porque
andam a mais do que o permitido e não admitem! Venho dizer aos colegas
Vereadores que ontem, às 10 horas, na divisa entre Canoas e Porto Alegre, no
Laçador - ali é 60 quilômetros por hora, mas se a Polícia Rodoviária ou a EPCT
quiserem faturar, vão faturar muito -, eu estava a 60 e as pessoas gritavam e
me xingavam. Será que é só eu sou que estou errado, será que só eu que penso
errado? Eu sou assim: se tem uma velocidade marcada, determinada, em certos
locais, eu ando completamente correto, mas outras pessoas que falam, quem sabe,
passam da velocidade.
Eu posso ser o cara que mais tenha apanhado aqui
nesta tribuna, o que mais tem coragem de mostrar as coisas que acontecem nesta
Cidade. Quando aqueles carros caem na Av. Ipiranga, a velocidade deles não é
60, e nem a 70, podem ter certeza absoluta, não estão! Não estão! Um dia alguém
vai provar que eles andam a uma velocidade maior. Eu costumo andar nas avenidas
e costumo cuidar a velocidade. Por exemplo, quem vai para a Arena do Grêmio, na
nova parte da Rua Voluntários da Pátria, ali a velocidade permitida é de 40
quilômetros por hora. E eu já vi gente andando a mais, bem mais; chegava a
dobrar e ainda um pouquinho mais de velocidade. Então, eu acho que alguma coisa
acontece. Quando chega a grande mídia, fala, pergunta; eles não admitem, mas um
cidadão tem que admitir quando está errado. Um cidadão tem que admitir quando
erra. Eu mesmo, outro dia, passei por uma sinaleira fechada, meus amigos, e
vinha atrás uma viatura da Brigada Militar, que buzinou para mim e me chamou a
atenção. Eu disse: Quero que me multem. Multem porque eu estou errado! Foi uma
falha minha. Então, eu acho que as coisas acontecem, acontecem, acontecem, e
andam a uma velocidade bem maior. Isso o tempo vai provar para vocês. Eu, com
certeza, vou trazer dados muito completos para vocês, para que reflitam e
pensem. Eu só quero legalizar o que já existe, eu só quero legalizar uma coisa
que automaticamente acontece. Coloquem 40 quilômetros por hora para verem.
Coloquem 20 quilômetros por hora para verem. Eu falo a verdade, Ver. Carlos Todeschini.
Passem na Av. Ipiranga, se houver um pardal lá, os motoristas passam a 40
quilômetros por hora. Saindo dali, eles já começam a correr de novo. Então, tem
que penalizar mais esse motorista. Tem que penalizar mais...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, e a todos que nos
assistem nas galerias. Dificilmente uso meu tempo de Liderança, mas hoje vou
usá-lo para falar de um homem da maior potência do mundo, um negro que se chama
Barack Obama. Nos últimos meses, milhares de pessoas acompanharam uma briga
bonita, Ver. Pedro Ruas. Ontem dormi bem tarde, pois a minha torcida e a minha
reza eram enormes. Para alguns, Obama era apenas mais um presidente eleito nos
Estados Unidos, mas para nós, negros, que ainda somos minoria na sociedade
moldada por questões raciais, esta é mais uma prova de que a cor não pode ser
usada como fator de discriminação. Sou dos poucos representantes negros na
política, por isso tenho trabalhado intensamente nos assuntos ligados à minha
raça. Sou autor do projeto de lei que cria o museu da história e da cultura do
povo negro em nossa Cidade, que também tem como finalidade valorizar a cultura
e a história afrodescendente. Venho lutando com minha bandeira pelas crianças,
principalmente pelas crianças desassistidas do nosso País.
Ontem tivemos uma reunião a respeito das crianças
que vendem guloseimas nos ônibus. É uma dificuldade muito grande, pois muitas
mães têm quatro, cinco, seis crianças, são diaristas, têm de trabalhar e deixam
essas crianças sob os cuidados do mais velho, de oito, nove anos. Essas
crianças vão para os ônibus vender as guloseimas para que à noite tenham algum
real no bolso, pois geralmente a mãe só traz algum dinheiro no outro dia. Há
falta de comida. É um problema muito grande. Espero que daqui para frente, não
só os governantes, mas a sociedade em si comece a pensar um pouco mais nessas
crianças que serão o futuro da nossa Cidade e do Brasil. Vamos acender as
lampadazinhas que tem na cabeça dessas crianças que se chamam sonhos, gente! E
nós corremos atrás dos sonhos bonitos; assim fui eu na minha infância; vim de
uma família muito humilde, e todos os dias eu acendia um sonho, acendia essa
lâmpada na minha mente; eu corri atrás de muitos sonhos; o principal deles é o
futebol, que me formou, que me deu as condições de, hoje, estar aqui, como
cidadão, um cidadão equilibrado.
Então, vamos ajudar, vamos dar sonhos para essas
crianças, para que a gente, no futuro, não tenha essa violência que estamos
vendo em São Paulo; isso é fruto da raiz. Vamos começar a olhar essa árvore na
raiz para que não cresça torta. Então, Barack Obama, meus parabéns! Parabéns à
democracia americana! Parabéns à democracia americana, em especial a esse negro
lutador! Nós, negros, estamos aplaudindo Barack Obama, e nós vamos continuar
esta luta, porque eu penso, acho e tenho certeza de que, no mundo de hoje, no
século XXI, todos nós somos iguais e todos nós temos direitos! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, ontem nós tivemos um
debate nacional importante, que tratava da questão da distribuição de verbas
para a Educação, e, infelizmente, a Câmara Federal não aprovou a proposta do
Governo para a distribuição equilibrada e de recursos em quantidades
suficientes para uma projeção melhor para os investimentos em Educação. Quero
fazer este registro, porque é lamentável a atitude da Câmara tomada ontem, que
derrotou a proposta do Governo, que era a melhor proposta para investimentos em Educação e para o futuro do País.
Em segundo lugar, os
senhores estão vendo uma imagem na tela (Projeção de
imagens.), uma fotografia, que, talvez, seja familiar e conhecida por muitos.
Isso, na verdade, Ver. João Antonio Dib, Líder
do Governo, é o talude por onde passa o emissário do projeto Socioambiental.
Esse talude foi feito para o recobrimento da tubulação e, para conter a erosão,
foi feita uma proteção com grama comprada e paga a preços bem
significativos, preços altos. Vejam ali a grama de uma parte onde não foi
reaterrado, onde não foi recoberto, e ali onde aparece aquela parte da erosão
anterior podemos ver que todo o investimento que foi feito para proteção do
talude – essa imagem, como os senhores podem ver –, vejam bem, muito dinheiro
foi gasto, muito dinheiro foi pago para realizar o enleivamento. Vejam só a
situação: alguém recobriu a proteção que foi feita ao talude. Quem foi? Não
sei. Mas alguém destruiu o talude e a cobertura que foi feita, Ver. João
Antonio Dib. Alguém tem que responder por isso. Não estou dizendo que foi o
Governo, pode ter sido obra do Internacional, pode ter sido a obra de
alargamento da via, mas vejam só o estágio que está isso! Então, estou aqui na
tribuna cobrando uma resposta, porque deveria estar como aquela parte gramada.
Acompanhei e digo:
esse enleivamento para proteção do talude foi feito com leiva de grama bermuda,
que é uma grama caríssima, talvez custe mais de R$ 100,00 o metro quadrado, e
foi feito em toda a extensão. Assim está hoje: o recobrimento estragado; ali
está a grama; evidente, ali está sem o corte, sem a poda, por isso está
misturada com capim, mas muito dinheiro público foi gasto na obra, e, agora,
está daquela maneira, como estamos vendo, com o talude destruído, causando
erosão e impacto.
Quero mostrar também
uma outra agressão ao meio ambiente, que – guardem bem, olhando ali na tela a
academia ao ar livre, nos fundos, na Rótula das Cuias, nós temos, Ver. Beto
Moesch – o senhor que é muito sempre muito cuidadoso com as questões da Orla –,
um depósito de lixo que está sendo feito ali na Orla; vejam o material de
bota-fora, de caliça, de sobra de obras, depositado ali na Orla! Como é que
pode isso?! Ver. João Dib, o senhor é o Líder do Governo. Solicito a V. Exa.
imediatas providências para a remoção desse material, porque possivelmente
alguma empreiteira, a serviço do Município ou de particulares, esteja fazendo
esse bota-fora ali naquele espaço, que é um espaço público e de preservação da
Orla. Parece que não tem mais ninguém que cuide da Cidade! Temos dois exemplos
aqui, gritantes, que saltam aos olhos, em que a agressão ambiental e o
desperdício de dinheiro público estão presentes, gritando aos olhos!
Fiz essa denúncia
ontem à Auditoria do Tribunal de Contas. Eu quero saber onde foram parar os
talvez, mais de R$ 200 mil gastos no recobrimento do talude. Eu quero essa
resposta! Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Beto
Moesch está com a palavra.
O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente,
aproveitando o debate que está sendo travado aqui, quero informar que a
Comissão de Saúde e Meio Ambiente vai realizar uma Reunião Ordinária, na
terça-feira que vem, justamente para tratar da gestão dos resíduos da
construção civil em Porto Alegre.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Perfeito.
Muito obrigado.
Passamos à
PAUTA
- DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª
SESSÃO
PROC.
Nº 1142/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 082/12, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
estabelece regras para celebração de convênios entre órgãos da Administração
Direta ou entidades da Administração Indireta do Executivo Municipal e
organizações não governamentais (ONGs) ou entidades privadas sem fins
lucrativos.
PROC.
Nº 1354/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 100/12, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que concede
o título de Cidadão de Porto Alegre ao delegado Ranolfo Vieira Júnior.
PROC.
Nº 1919/12 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/12, de autoria do
Ver. João Bosco Vaz, que
altera o caput do art. 1º da Lei Complementar nº 666, de 30 de dezembro
de 2010 – que define índices de aproveitamento para os terrenos nos quais se
tenha a finalidade de implantar projetos de reformas ou ampliações de centros
esportivos, clubes, equipamentos administrativos, hospitais, hotéis,
apart-hotéis, centros de eventos, centros comerciais, shopping centers,
escolas, universidades e igrejas e revoga o caput e os §§ 1º e 2º do
art. 9º da Lei Complementar nº 610, de 13 de janeiro de 2009 –, estendendo até
31 de dezembro de 2013 o prazo para a protocolização dos pedidos de aprovação
desses projetos.
PROC.
Nº 2141/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 163/12, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que inclui
o evento Fórum Internacional Software Livre – FISL – no Anexo I da Lei
nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de
Porto Alegre e o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre
a gestão desses calendários e revoga legislação sobre o tema –, e alterações
posteriores.
2ª
SESSÃO
PROC.
Nº 2239/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 042/12, que desafeta e autoriza a doação para a
União Federal de áreas municipais destinadas à ampliação da pista do Aeroporto
Salgado Filho.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Newton
Braga Rosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Senhoras e senhores,
muito boa-tarde. É com satisfação que retorno a esta tribuna para falar a
respeito de um evento, de um Projeto de Lei, o PLL nº 163/12, que inclui o
evento do Fórum Internacional de Software Livre no Calendário Oficial de
Eventos da Cidade de Porto Alegre.
Eu gostaria de falar
um pouquinho a respeito desse assunto, porque se trata de uma área que conheço;
eu militei e ainda milito nela há quatro décadas.
O Fórum Internacional
de Software Livre começou, em Porto Alegre, na mesma época do Fórum Social
Mundial. O objetivo do Fórum Internacional de Software Livre era criar um
ambiente que pudesse
discutir o software diferente do software do proprietário, que carecia de
uma oportunidade para reunir pessoas do mundo inteiro interessadas nessa nova
tecnologia que estava criando um novo segmento de mercado, que estava criando
um novo olhar a respeito do direito autoral do software.
Vocês sabem que, na evolução da Informática, os
computadores baixaram de preço. Um computador, há vinte anos, custava mais do
que um carro novo, e o software
custava, talvez, um décimo daquele valor. A verdade é que os computadores caíram
dez vezes de preço nesses últimos quinze, vinte anos, e o software proprietário de uma marca bem conhecida, de que vocês são
usuários, que é líder mundial, continua nos preços praticados há quinze ou
vinte anos, ou preços muito próximos. A verdade é que o software se tornou excessivamente caro comparado ao computador
pessoal, e eu estou me referindo aqui a profissionais liberais, estudantes que
precisam dessas novas ferramentas para serem competitivos.
Há pouco tempo, nesta tribuna, o Vereador nos
falava a respeito da vitória do Obama. Poucas pessoas percebem, mas nós estamos
vivendo um momento, agora, no ano de 2012, que nunca tinha ocorrido em toda a
história da humanidade. Há 40 ou 50 anos, havia uma diferença muito grande
entre os instrumentos que tínhamos em cima da nossa mesa de trabalho com
relação aos instrumentos que havia na mesa de trabalho dos profissionais que
competem conosco em outros países desenvolvidos do mundo. Hoje, 2012, nós temos
iPhones, nós temos smartphones que
funcionam com Android, nós temos PC em que vocês usam Skype, em que vocês usam
editores de textos, e a boa notícia é que as ferramentas do profissional em
países desenvolvidos é exatamente a mesma que nós usamos no Brasil, ou seja, há
pouco tempo, havia uma diferença brutal entre os recursos que nós tínhamos para
brigar no mercado internacional e os recursos que possuímos hoje. Nós não
estamos percebendo a clareza e as oportunidades que se criam no momento em que
temos as mesmas armas para disputar o espaço que o Brasil merece.
E, nesse cenário, o software livre adquire uma importância muito grande, porque ele
viabiliza aplicações que, de outra forma seriam impensáveis. O software não se paga por ele, ele é
livre. Mais do que isso: você tem o direito de mexer no software, e aí surge uma questão de segurança: quando você compra
um software que você não pode abrir
para saber exatamente o que está ali dentro, você tem uma caixa-preta que
supostamente faz aquilo que você espera que faça. Imaginem algumas aplicações
críticas! Vou citar uma, muito relacionada com os Parlamentos: a urna
eletrônica. Uma urna eletrônica tem que ter um software que possa ser auditado a todo instante. Quanta esperança e
quantas coisas importantes passam por uma urna eletrônica? Não só no Brasil
como nos Estados Unidos, onde ontem fizeram uma votação usando equipamentos ou
do mesmo nível ou de nível inferior àqueles utilizados no Brasil. É muito
importante o software livre, é muito
importante que Porto Alegre sedie esse evento, e essa disputa de onde o Fórum Internacional
de Software Livre vai se realizar é uma disputa que se renova a cada ano. Ele
já vem sendo realizado em Porto Alegre consecutivamente há 13 edições, outros
Estados brasileiros gostariam de sediá-lo, outros países gostariam de sediá-lo.
Porto Alegre já perdeu o Fórum Social Mundial há muito tempo, mas o Fórum
Internacional de Software Livre continua aqui. Por esse motivo, repetindo, pela
importância que o software livre
possui hoje no mundo inteiro, especialmente nos países em desenvolvimento, como
o Brasil; segundo, pelo fato de que temos ferramentas que nos permitem ser
competitivos na disputa de espaços no mercado internacional; em função disso,
eu considero mais do que adequado o Projeto em pauta, que consolida o software livre na cidade de Porto
Alegre, daqui para frente, da forma que vem ocorrendo até agora. Não podemos
deixar o Fórum Internacional de Software Livre sair da cidade de Porto Alegre,
e este Projeto vem a favor dessa tese. Muito obrigado pela qualidade da atenção
de vocês.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Haroldo de Souza, senhores e senhoras; hoje venho falar do Largo
Glênio Peres mais uma vez. Esta Casa já enfrentou o tema, o debate da chamada
humanização do Centro desde o debate da retirada dos camelôs, que, para a nossa
surpresa, foram substituídos por uma fila de carros estacionados, e não por
árvores, canteiros, jardins que humanizariam o Centro, com certeza. No debate
que fizemos sobre as regras do uso do Largo Glênio Peres a situação foi piorada
por esta Casa, porque a regra que veio para cá retirava a Feira do Artesão,
tradicional no início e no final do ano, e, aqui nesta Casa, houve uma Emenda
que retirou a Feira da Economia Solidária. E dali para cá, nesta mesma Lei, tem
uma restrição que exige autorização para os artistas populares se apresentarem.
Então, o artista não pode mais chegar ali no Largo e se apresentar, ele tem que
estar autorizado, o que acabou com a espontânea manifestação da arte. Por isso
há um movimento hoje pelo direito à alegria pública na cidade de Porto Alegre,
porque os artistas, os jovens não aceitam essa burocratização. Fecho esse
parêntese para que entendam e não criminalizem – inclusive a sociedade – quando
os jovens acusados de furar o boneco da Copa – o que não fizeram, estavam
fazendo uma dança circular, e o boneco, na verdade, foi desinflado – se
manifestam. A sociedade tem que entender o que eles estão falando e o que eles
estão pedindo, porque estão assistindo ao esvaziamento do espaço público da sua
função precípua, que é a função do congraçamento, que é a função do acesso
universal e do encontro e da manifestação multicultural.
Pois bem, com todas essas restrições, o Largo
Glênio Peres, eventualmente, nos surpreende na sua ocupação. Neste momento,
encontra-se, em pleno Largo Glênio Peres, exposta uma casa de madeira. Alguns
me disseram, quando eu reagi: “Ah, deve ser a casa do Papai Noel, devem estar
preparando o Natal!” (Mostra fotografia.) Se vai ter Papai Noel aqui, eu não
sei, mas, por hora, tem uma empresa imobiliária. E leio aqui, porque na placa
está bem grande, bem distinto: “Bergenthal Empreendimentos Imobiliários Ltda.
Fazemos moradias sob medida” está escrito na placa. Está ali a foto: uma enorme
casa de madeira, uma comercialização, portanto, é uma divulgação de uma empresa
privada ocupando o Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público. E a
pergunta que todos se fazem é qual o critério, na verdade, qual a visão de
humanização que tem essa gestão da Prefeitura de Porto Alegre? O artista não
pode, o artista tem que estar controlado, tem que ter credenciais, tem que
estar previsto; os jovens, se se manifestarem, serão perigosamente reprimidos, o
que nós repudiamos. A economia solidária tem problemas, não pode, fura o chão,
atrapalha o comércio, atrapalha os empreendimentos. Agora, os carros e as
empresas privadas, os automóveis, porque quem vai aos sábados pela manhã não
consegue passar no Largo Glênio Peres, porque o Largo é tomado de automóveis,
ou seja, não existe mais Largo; agora é só Glênio Peres, o Largo não é mais
largo, ele está sempre ocupado por algum negócio de plantão. Esse
questionamento está indo para o Ministério Público – mais um! – porque eu
espero que a gente possa ter algum limite na voracidade da iniciativa privada e
na permissividade da Prefeitura de Porto Alegre com os negócios nos espaços
públicos. Se a gente olha a cerca que foi feita no Auditório Araújo Vianna, no
parque em torno do Araújo, a gente vai ver que é uma mesma lógica que se repete
em todos os lugares. E a Cidade está gritando, os jovens estão gritando, a
Cidade quer os seus espaços largos, o que é para todos, o que é público, para
todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Na semana passada, Ver. Brasinha, eu falei em Grande Expediente um pouco
sobre o trabalho que nós fizemos na área social, mas muito em relação à área da
Segurança, até porque o Ver. Todeschini veio fazer uma colocação em relação à
divisão que, agora, o Prefeito Fortunati e o grupo que está trabalhando na nova
composição de Governo estão estudando. Ele falou na separação da Secretaria de
Direitos Humanos e Segurança Urbana em duas Secretarias, focando a área de
Segurança e focando a área de Direitos Humanos. Nós falamos de muitas coisas
que fizemos e que o Governo vem fazendo nessa área, como a iluminação pública,
o centro que foi construído e inaugurado na semana retrasada ou no mês passado,
não estou bem lembrado, e tantas outras coisas que fizemos, como armamentos
para a Guarda Municipal, novas viaturas, a Guarda Municipal nos parques e nas
praças. Semana passada, eu fiz um comentário em relação à área da Segurança
pública do Estado, pois estava muito preocupado com isso. E hoje, Ver. João
Antonio Dib, as páginas dos jornais, a imprensa toda coloca que a nossa
preocupação é uma realidade na nossa Cidade e no Rio Grande do Sul. O Estado do
Rio Grande do Sul investiu 28,42% a menos em 2011 com relação a 2010, Ver.
Comassetto. Você, a Ver.ª Sofia, o Ver. Todeschini teriam que nos ajudar a
enfrentar essa situação! Têm que conversar com o nosso Governador, com o
Secretário de Segurança pública do Estado e ver o que está acontecendo, porque
o Rio Grande do Sul é o último Estado em investimento na área da Segurança
pública. E isso nós estamos vendo nas ruas de Porto Alegre e nas ruas de todo o
Rio Grande do Sul. A falta de investimento está latente na nossa Cidade porque,
a todo instante, nós vemos pessoas sendo assaltadas nos seus veículos, aumento
de homicídios, aumento de roubos de veículo, aumento de furtos, e hoje a gente
começa a entender por quê. Em 2010, Ver. Tessaro, o Governo investiu per capita, por cada cidadão de Porto
Alegre, R$ 245,00. Em 2011, investiu R$ 175,00. Baixou de R$ 245,00 para R$
175,00! E está na ponta de baixo, está aqui, a manchete é esta: “Na ponta de
baixo” o investimento do Governo do Estado em Segurança pública. (Mostra
jornal.) Nós precisamos realmente que o nosso Governador, o Secretário de
Segurança e os nossos colegas Vereadores que utilizam esta tribuna para fazer
as críticas muitas vezes construtivas, Ver. João Antonio Dib, Líder do nosso
Governo, também nos ajudem a enfrentar os problemas e as situações do Governo
do Estado, que são sérias. Esse estudo está baseado, Ver.ª Sofia, em dados do
Governo Federal. Não é outro sistema, é o do Governo Federal que aponta que o
Rio Grande do Sul está na ponta de baixo de gastos na área da Segurança
pública. A gente sabe que Segurança pública não é apenas investimento na
Polícia Militar, na Polícia Civil, na Susepe, nos presídios, mas isso é muito
importante para que tenhamos segurança para os cidadãos e cidadãs da nossa
Cidade e do nosso Estado do Rio Grande do Sul. A Prefeitura de Porto Alegre vem
procurando fazer o seu trabalho na área da prevenção, investindo na criança,
investindo no adolescente, investindo na área de educação, investindo na área
de assistência e em tantas áreas que são fundamentais para que a gente prepare
essa criança e esse adolescente para seguir um bom caminho; mas precisamos,
também, que o Governo do Estado faça a sua parte na área da Segurança pública.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Haroldo de Souza, senhoras e senhores, Vereadoras e Vereadores, há
alguns projetos em Pauta, mas aqui quero aproveitar e fazer a reflexão da
proposta do Ver. Adeli Sell, que inclui o evento Fórum Internacional de
Software Livre no calendário de eventos da cidade de Porto Alegre. Em primeiro
lugar, quero dizer que este tema de acesso à tecnologia e, principalmente, a
possibilidade, Ver. Braga Rosa, de haver o desenvolvimento dos próprios
sistemas operacionais abertos, flexíveis, podendo ser alterados e utilizados
gratuitamente, é uma possibilidade muito importante. Quero exemplificar com a
experiência do Projeto Mundinho, de Novo Hamburgo, que pude conhecer na semana
passada, que informatizou, a partir dos recursos de computador que o Governo
Federal disponibilizou, completamente – ou melhor, informatizar escolas é
diferente de ofertar aos alunos um computador por aluno –, duas escolas
municipais, uma mais na periferia e outra no centro da cidade de Novo Hamburgo.
E Novo Hamburgo optou por desenvolver o seu próprio sistema operacional para
possibilitar aos alunos e alunas a utilização desse equipamento desenvolvido
pelos técnicos e atualizado frequentemente, incorporando objetos, propostas,
programas de uso nas diferentes disciplinas, dando acesso a essa ferramenta aos
professores, dando uma autonomia muito importante e reduzindo o custo com
grande vantagem, porque temos visto, inclusive através de várias denúncias, as
insuficiências quando se compra um sistema. Nós sabemos que hoje, em
informática, se precisa de atualização permanente, estão sempre surgindo novos softwares, novas plataformas, e essa
atualização depende de quem domina o sistema quando o compra.
Em Novo Hamburgo, há uma absoluta autonomia, a
ponto de eles oferecerem para o Governo do Estado as ferramentas desenvolvidas
por eles. E afirmo que assisti, nas aulas de Novo Hamburgo, no meio das
crianças, a uma construção de conhecimento muito diferenciada, parecida, e
talvez até extrapolando, com alguns elementos, a experiência do Uruguai. Hoje
os alunos e professores atuam, em sala de aula, com o mundo em suas mãos, em
duas escolas em Novo Hamburgo. É muito diverso do quadro-negro, da
possibilidade da relação professor/aluno e o livro da biblioteca, os poucos
livros, os poucos suportes que os próprios alunos têm. É muito diferente, mas
não substitui obviamente a leitura, o livro e a pesquisa no papel.
Só que a entrada da conectividade, da tecnologia,
tem um outro elemento fundamental, é o elemento da motivação. O menino ou a
menina sentem-se nadando como peixe na água, porque a nossa juventude, a nossa
gurizada nasceu lidando com a tecnologia, com seu telefone, com o telefone dos
pais, dos amigos, smartphones, tablets, isso passa a ser um instrumento
em sala de aula. Inclusive, nos horários de recreio, fiz algumas fotos
belíssimas de meninos e meninas, em grupo, jogando na hora do recreio, e
praticamente acabou a indisciplina em sala de aula, Ver. Nelcir Tessaro. Os
alunos estão envolvidos, estão com a pilha toda, estão num mundo que os
interessa, que os motiva; estão trabalhando com coisas sérias, profundas, com
temas difíceis, lidando com elementos de todo grau de complexidade, do mais
simples ao mais complexo. Alunos de diferentes idades podem trabalhar juntos,
porque há essa possibilidade da flexibilidade.
Então, é muito importante que valorizemos,
incentivemos o uso do software livre,
que dá autonomia e que vai diminuir muito o custo, porque essa tecnologia veio
para ficar.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; primeiramente, venho dar os meus
parabéns ao Ver. Adeli Sell, que concede o Título de Cidadão Porto-Alegrense ao
Delegado Ranolfo Vieira Junior, que é um delegado que trabalha muito por Porto
Alegre. E não é de agora; ele demonstra, ao longo tempo, que trabalha. Então,
acho que merecidamente ele vai receber essa homenagem desta Casa, porque é um
delegado que está sempre atento a tudo o que acontece na Cidade, trabalha muito
e é muito inteligente, pensa para a frente.
Senhores, eu também gostaria de lembrar, Ver. Haroldo
de Souza, que é ligado ao esporte, também o Ver. Tarciso, o querido Ver. Luiz
Braz, que o dia de hoje nos separa em 28 dias da grande emoção que vamos ter,
da grande festa que vamos ter, da grande massa, da grande torcida, Tarciso, que
vai ser a festa da Arena porto-alegrense. Mas, nessa alegria que a gente pensa
que vai ter, existe também a saudade, aquela emoção que passamos – 80% do Rio
Grande, quem sabe, tenha se emocionado com o Grêmio –, e a gente sabe quanto
são importantes esses dias. É uma contagem regressiva, Ver. Nelcir Tessaro –
quem sabe V. Exa. não possa viver isso porque o seu estádio não está saindo do
local, e o nosso está sendo feito noutro local. A partir de hoje eu conto os
dias, conto as horas e conto quanto tempo falta para essa emoção. Emoção dupla,
Tarciso, porque nós temos a alegria e a tristeza de ver o nosso estádio ficar
sozinho lá.
O Sr. Tarciso
Flecha Negra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Brasinha.
Eu também quero dizer da alegria que sinto pela arena nova de um time do
tamanho que é o Grêmio no mundo, como o Barcelona, vamos dizer assim. Brasinha,
eu não vou sentir muita saudade porque já pedi para o Antonini – aquela
goleira, lá onde tem a geral do Grêmio, que faz aquela ola, foi onde fiz mais
gols na minha carreira; não foi na de cima, foi na debaixo – um pedaço da rede
para eu guardar.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Parabéns, Tarciso, e a torcida, certamente, fará uma homenagem a ti,
porque tu mereces.
Eu falo sobre a Arena do Grêmio, que proporcionará
à Cidade uma grande festa e uma grande alegria desse feito lá no Bairro
Humaitá, que está proporcionando novos investimentos, Ver.ª Sofia, mais a
qualidade de vida que terá aquele Bairro.
Volto a falar, Ver. Dib, do meu Projeto, sobre o
aumento da velocidade. Eu não vou mais colocá-lo na prioridade, sabe por que,
Ver. Dib? Só vou buscar documentos, identificações, para provar que eu não
estou errado. E, brevemente, mostrarei que não estou errado. Então, quero
perguntar ao senhor, Ver. Dib, lá em 1939, quando a Av. Ipiranga foi
inaugurada, quem projetou a velocidade. Naquela época, quando um fusca usava um
pneu diagonal, convencional, que nem índice de velocidade tinha, não tinha TWI,
não tinha nada, a velocidade permitida era de 60 quilômetros por hora. E agora
que temos uma tecnologia avançadíssima que todos os carros têm, amortecedor com
qualidade, durabilidade, tem a pastilha com 40 mil quilômetros de durabilidade,
o pneu com índice de velocidade – todas essas coisas que dão segurança para
andar –, não se pode aumentar a velocidade.
Então, eu gostaria de saber quem projetou a
velocidade aqui em Porto Alegre. E compete ao Município fazer alterações. Nós
não tínhamos índice de velocidade no pneu, não tínhamos índice de velocidade no
amortecedor; não tínhamos pastilhas de freio, e, sequer tínhamos freios ABS ou
a disco. E como naquela época podia ter essa velocidade de 60 quilômetros e
agora não pode aumentar?
Quero também deixar um abraço ao nosso querido
ex-Vereador, Delegado Leão de Medeiros, que está aqui presente, que também
trabalhou muito por esta Cidade, e quero dizer que conto com o seu apoio para
me ajudar a esclarecer coisas que existem nesta Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Nada mais
havendo a tratar, encerro os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 15h17min.)
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